sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A imprensa que queremos e a imprensa que podemos


Qual o papel da imprensa na sociedade contemporânea? Será que os jornais têm de ser uma fonte de entretenimento violento, calcado em matérias construídas a base de sangue e sexo porque “é isso que o povo quer”, segundo alguns? Ou o jornalista, enquanto membro da elite cultural, detentor do saber, tem a responsabilidade de levar ao cidadão o que ele precisa saber para se posicionar no mundo em que vive? O posicionamento é dado pela imprensa ou esta serve apenas para trazer à tona os fatos e permitir que o receptor tenha seu próprio discernimento quanto a noticia veiculada?
No livro O monge e o Executivo, de James Hunter, os personagens refletem, dentre outros temas, sobre a diferença de dar o que se pede e dar o que se precisa. Como um pai deve agir diante dos desejos e necessidades do filho? Dar o que a criança pede ou dar o que ela de fato vai precisar para viver bem no mundo. Dar brinquedos, doces e deixá-la ver programas violentos, ou dar educação, alimentá-lo corretamente e tratá-lo com respeito, amor e carinho? Esse é o dilema da imprensa atual. Permear o mundo ainda mais de violência e obscenidades ou buscar a razão e o entendimento? Mostrar formas sem conteúdo, ou buscar a verdade fria dos fatos?  Fica para os colegas jornalistas a prerrogativa de encontrar as respostas!
Alípio de Araújo Neto – Jornalista e Filosofo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário