quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Escola da Vingança!

Não é incomum conhecermos histórias de crianças que brigam no colégio. Recorrente é, também, as reclamações de alunos contra os chamados brigões! Aqueles que implicam com os outros, geralmente mais fracos, ou com alguma diferença nem sempre notória. A discussão é natural e inerente ao ser humano, até certo ponto fundamental para o seu desenvolvimento. O exagero pode levar ao desentendimento, por conseguinte à briga e por fim à violência física, o que deve ser evitado ao máximo.
Entretanto nas escolas do Brasil, especialmente, o que vemos é um certo descaso com os problemas dos alunos agredidos verbal ou fisicamente. Psicologias ultrapassadas, medo de represálias dos pais, ou responsáveis terminam em medidas insuficientemente capazes de trazer a paz aos envolvidos. Essa incapacidade das instituições em resolver as celeumas dos seus institucionalizados resulta num problema cada vez maior e cada vez mais ignorado por todos, notadamente no Brasil: o incitamento da vingança.
O nome pode parecer forte, mas o termo é exatamente este e vem sendo ensinado a todos desde os primeiros anos em que se freqüenta a escola. É um costume bastante arraigado na sociedade contemporânea quando um garoto chega à casa aos prantos e diz: “mãe, pai me bateram na escola” que essa mãe e esse pai respondam ao garoto: “No dia em que você bater em um, todos irão te respeitar”.
Acerca disso podemos concluir que retornamos ao estado de natureza, anterior à formação da sociedade. É ‘cada um por si e Deus contra todos’ * e que vença o melhor? Como vai crescer esta criança que é ensinada a ‘resolver’ seus problemas por conta própria, sem a intervenção da autoridade competente? Será autora de novos “Tiros em Columbine”? Ao sofrer com a violência quando adulto vai recorrer à autoridade policial do Estado, ou vai contar com seus aliados para atacar os rivais?
Nossa educação mostra um total fracasso das instituições do Estado. A sociedade mostra total descrença daquilo que ela mesma instituiu como sua própria gestora. E vai piorando...

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